segunda-feira, 25 de junho de 2012

Uma aventura no futsal

Fui com “a minha cara-metade” (expressão espetacular que designa “a minha mais que tudo”) ao futebol. Futebol não. Futsal. Jogava-se a “negra” no Pavilhão da Luz entre o Benfica e o Sporting. Era um jogo de alto risco. Já tinha sido avisado por amigos meus: “ Vais levá-la”? Tu és maluco?” “ Ela gosta de ambientes destes”, retorquia eu.
Para a “minha cara-metade” o desporto passa-se fora das quatro linhas. Estavam lá as bombas, os very lights, os fumos, as claques com gajos sempre com bom ar, de tronco nu, que passam o jogo inteiro a apoiar de forma violenta a sua equipa do coração, mas que no fundo não fazem mal a ninguém, tal é a dose de haxixe que trazem no sangue. E tudo isto em formato zoom ou não estivéssemos num pavilhão.
Enquanto eu me distraía com a classe do César Paulo, os remates do Joel e as fintas do Diece, ela transmitia-me as picardias entre as claques, a emoção das mulheres dos jogadores que estavam mesmo ao nosso lado, o controlo dos polícias, os benfiquistas doentes, aquelas  meias suadas que o guarda-redes do Benfica gentilmente atirou para o meio da claque encarnada.  
No final, o Benfica foi campeão nacional e acho que ela só se apercebeu disso no final do jogo quando os jogadores levantaram a taça. Digo isto porque logo no início do jogo já estava 1-0 e ela nem tinha dado conta.
Quando saímos do recinto, eu estava feliz por mais uma conquista do Benfica. Ela estava infeliz porque faltou o melhor ingrediente: Os cães que normalmente acompanham os polícias aos recintos desportivos neste tipo de jogos de alto risco...não apareceram.
Para a próxima quero dois bilhetes com suplemento pittbull.  
Vá-se lá perceber as mulheres…

G.

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