quinta-feira, 19 de julho de 2012

O meu amigo Joquinha...




Costumo ter alguns flashes da minha infância. Já vos falei na senhora do bigode. Hoje vou escrever sobre a primeira vez que assiti ao vivo e a cores a uma relação sexual. Tinha 6 anos e quando vi aquele intenso ato de amor, pensei com os meus botões " Então isto faz-se assim?"

A minha mãe levava-me todos os dias á escola. Durante o percurso lembro-me dos dias de frio. Por vezes a minha mãe levava um balde de água para descongelar os vidros do carro. O frio passava quando chegava à rua 5 de Outubro. Tudo por causa do Joquinha. O Joquinha era uma espécie de playboy, de sex symbol da rua. Não havia ninguém que ali passasse que não reparasse na envergadura do galã e principalmente na satisfação que tinha em fazer "o amor" logo pela manhã. Ali...mesmo no meio da estrada.

Ora, como é óbvio, a minha mãe parava o carro porque não podia passar. Era um filme bonito. Todo o santo dia o Joquinha montava uma diferente...maioritariamente cadelas, mas às vezes marchava um gato ou outro. Acho que a minha cadela também provou a arma letal do Joquinha.

O Joquinha era um cão feliz, menos quando entalava o seu grande órgão sexual dentro de uma pobre cadela meia leca que por ali passava...E aí, quem safava a coisa era a minha mãe. O balde que outrora servia para tirar o gelo dos vidros do carro, servia agora para "desatarrachar" a coisa...

Escusado será dizer que o resto do percurso até à escola parecia uma espécie de interrogatório. Coitada da minha mãe. Tinha salvo o Joquinha mas não me conseguia salvar de chegar atrasado á escola.

G.



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