quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Pingo Doce...caia lá!



Na divisão de tarefas lá de casa calha-me sempre o supermercado. Não me queixo. Distraio-me na bancada do peixe a escolher aquela posta de salmão, aquele bocado de peixe espada. (ao mesmo tempo que tenho suores frios com o preço de tais iguarias). Depois perco-me nas carnes, nos iogurtes, nas massas, frutas e legumes.

Convém dizer que não sou como as mulheres que gostam de ir 30 vezes às compras por mês...ou porque faltam cebolas, ou porque precisamos de detergente para a máquina. Acho que sou como a maioria dos homens. Mais práticos. Quando vamos ao "super" trazemos tudo e mais um queijo da serra. Dá para o mês todo e escusamos de lá voltar tão cedo. ( Até porque agora o Pingo Doce só deixa pagar com cartão 20 euros de compras depois).

Mas comprar tudo para um mês tem as suas desvantagens. Especialmente no Pingo Doce onde os carrinhos são uma espécie de FIAT 127 dos "bólides" de supermercado, ao contrário das autênticas carrinhas de caixa aberta do Continente.

Ora,  para "enfiar" tantas compras no carrinho e depois levar ao automóvel é preciso arte, engenho e algum saber. Ontem fui ao Pingo Doce e pela primeira vez não tive arte...nem sorte. Abandonei o supermercado com o carrinho atolado para depositar no carro. A curta viagem estava a correr bem mas eu tinha o pressentimento que não ia chegar à meta. Eis senão quando o saco da fruta escorrega do carrinho. Eu atrás da fruta, o carrinho atrás de mim. Entretanto os legumes também dão de si e o carrinho  cai sobre mim e abalrroa-me numa cena digna de um programa de apanhados com nível.

Naqueles curtos segundos que fiquei no chão preocupei-me com as pessoas que viram aquela cena lenta e pouco prestigiante para a minha pessoa. Bem perto uma mão amiga ajudou-me a levantar. " Estes carrinhos são uma porcaria", lamentava a senhora de 75 anos que por alí passava (podia ter-me calhado alguém mais jovem).

Levantei-me, percebi que o fato não tinha sofrido danos e depois olhei à volta. Assustei-me. No meio da estrada andavam pêras a passear com maças. Logo atrás vinha o alho francês que corria já do outro lado da rua com uma caixa de hamburgueres. E a carne picada? Ai a carne picada que " fazia amor" com uma tampa de esgoto.

Como se de uma coisa normal se tratasse, fiz tudo com calma (tinha plateia). Apanhei tudo devagarinho. Pus as coisas dentro do carro. Fechei a mala, entrei no veículo, limpei o suor da cara e  pude finalmente deitar tudo cá para fora: "FODA-SE".

G.








2 comentários:

  1. lol
    Mais parece uma das minhas aventuras, acompanhadas por grande vermelhidão e muita transpiração.
    A escrita está deliciosa!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Obrigado caro Paulo. O Gin Tonico agradece. Também foi com agrado que encontrei o seu bllog que terá lugar na nossa galeria

      Eliminar