O G. está tão distante que mal se ouve falar português, embora se sintam as raízes do mais belo Portugal que poucos conhecem ( pelo menos aqueles que vivem na capital que aprendi a gostar).
Cheguei à hora de jantar depois de ter feito quilómetros de estrada (boa) sem ter visto mais do que dez carros. Procurei o que de melhor existe por aqui: postas grandes, suculentas e saborosas. Quem come este tipo de posta, sem querer, deixa de falar português e passa a utilizar o mirandês...
E foi com espírito de pauliteiro que fui digerir o jantar, calcorreando as ruas de Miranda do Douro, sozinho, sem rede...no telemóvel e no destino, com o vírus da calmaria que se instala no ar. As ruas estavam despidas e o silêncio apenas era interrompido pelo barulho saudável de poucos homens e mulheres nas esplanadas de cafés que conversavam sem pressas...com toda a calma e tranquilidade de um mundo que não é o meu.
Hei-de voltar a Miranda para comprar calma às postas e levar para onde vivo...e já agora comprar também alguns típicos sabonetes de leite de burra, talvez o segredo da suavidade desta terra, paredes meias com nuestros hermanos...
G.
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