terça-feira, 28 de agosto de 2012
A cassete da vergonha
A ilustração que aqui trago hoje assenta-me mesmo bem. Passo a explicar.
Descobri em casa dos meus pais uns filmes antigos naqueles formatos que já não se conseguem ver, a não ser fazendo uma conversão para DVD. São dezenas de cassetes BETA e algumas fitas Super 8 que, segundo os meus pais, teriam filmes fantásticos sobre a minha infância.
Pus mãos à obra e escolhi uma das cassetes para começar aos poucos a converter (estas coisas são caríssimas) tudo numa loja da especialidade. Escolhi apenas uma para testar a loja, os preços e a qualidade do serviço.
Cheguei à loja e encaminharam-me logo para uma cave onde aí uns dez colaboradores trabalhavam para converter "a vida" de outras pessoas. " Então vamos lá visionar a sua cassete", referiu a Rita, a simpática responsável da loja.
Olhei para a pequena tv a aguardar a imagem. Nesses instantes pensei que seria bonito ver a minha pessoa a comer "a papa" com 2 anos de idade! Será que ia ver o meu pai de pêra e calças à boca de sino a dar-me o biberão? E o que eu ansiava para me ver a andar de triciclo em casa dos meus avós...
Finalmente a imagem apareceu...e apanhou toda a gente de surpresa. Ouviam-se risos (de gozo) na sala. Não havia chupetas, triciclos nem papas...mas sim um senhor de chapéu na cabeça e de chicote à cintura a lutar contra tudo e todos.
Era o épico Indiana Jones e a Arca Perdida. Do princípio ao fim da cassete.
Agradeci à Rita ( que ria com pena de mim). Despedi-me com um sorriso amarelo e prometi voltar com outra cassete, que espero que não tenha uma gravação do ET.
G.
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