quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Abraços

Jasper Juinen (Getty)

Uma rapariga ruiva, um polícia, um abraço.
Em Portugal a equação foi simples. Em Espanha a matemática complicou-se.
Uma rapariga ruiva, quatro polícias, uma gravata.
Não acredito que os jornais espanhóis procurem descobrir quem é a rapariga da camisola vermelha (e aí não deixa de haver um lado positivo: sempre se poupam uns minutos num programa de famosos num fim-de-semana qualquer com a ruiva a molhar os pés. Mas isso é outra conversa...)
Não me parece que as rádios e televisões queiram perceber o que ia na cabeça do polícia de boca meio-aberta. Ou dos outros, a quem mal se percebe a cara.
Faltou, ontem, aos homens de capacete a ousadia que tiveram na medida certa os deste lado da fronteira, a de pararem.
Não há, nesta fotografia, um toque delicado num colete à prova de bala.
Não há um polícia de frente para os cidadãos que tem por dever proteger.
Não há amor.


PS. A galeria de fotografias que hoje o El País tem na página online dava uma exposição, um romance, um policial ou um filme. Ou então tudo isso junto.



T.

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