segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Calma às postas...

O G. está longe...muito longe, num local onde quase nada existe. Não existem praias, gente, trânsito...o bulício da cidade...aqui nem sequer há rede em alguns locais.

O G. está tão distante que mal se ouve falar português, embora se sintam as raízes do mais belo Portugal que poucos conhecem ( pelo menos aqueles que vivem na capital que aprendi a gostar).

 Cheguei à hora de jantar depois de ter feito quilómetros de estrada (boa) sem ter visto mais do que dez carros. Procurei o que de melhor existe por aqui: postas grandes, suculentas e saborosas. Quem come este tipo de posta, sem querer, deixa de falar português e passa a utilizar o mirandês...

E foi com espírito de pauliteiro que fui digerir o jantar, calcorreando as ruas de Miranda do Douro, sozinho, sem rede...no telemóvel e no destino, com o vírus da calmaria que se instala no ar. As ruas estavam despidas e o silêncio apenas era interrompido pelo barulho saudável de poucos homens e mulheres nas esplanadas de cafés que conversavam sem pressas...com toda a calma e tranquilidade de um mundo que não é o meu. 

Hei-de voltar a Miranda para comprar calma às postas e levar para onde vivo...e já agora comprar também alguns típicos sabonetes de leite de burra, talvez o segredo da suavidade desta terra,  paredes meias com nuestros hermanos...

G.

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